A concepção de motivação de Nuttin recusa que o comportamento seja o resultado da tensão provocada pela necessidade, afirmando que existem inúmeras variáveis cognitivas e do meio social que intervêm neste processo. Assim, a sua teoria chama-se cognitiva porque destaca nos comportamentos motivados a influência dos processos cognitivos do sujeito - perceber, interpretar, seleccionar, usar informação… Por outro lado, é relacional, pois pressupõe a relação do comportamento motivado com o meio social.
Nuttin adianta que o comportamento não surge devido a uma carência ou desequilíbrio homeostático, mas devido à persistência da tensão que leva o indivíduo ao desenvolvimento e ao progresso. Este constrói, desta forma, o seu plano de acção e delineia projectos para o futuro, existindo a possibilidade de escolha entre alternativas.
As necessidades, os motivos e as finalidades da acção são vistas, por Nuttin, como personalizadas, pois existem em função de cada pessoa, das suas mentalizações e dos seus projectos de vida.
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