Espaço de reflecção sobre as actividades desenvolvidas na unidade curricular "Psicologia da Motivação" do Mestrado em Supervisão Pedagógica da Univ. Aberta.

Docentes: Lúcia Amante e Maria João Silva



sábado, 16 de julho de 2011

Teorias da Motivação para a Realização

De acordo com Arends (2008), os factores sociais, as origens dos alunos ou as expectativas dos encarregados de educação, assim como o seu bem-estar psicológico, as suas ansiedades também podem influenciar o seu esforço escolar. Arends é de opinião que os professores utilizem as recompensas extrínsecas como reforço positivo, mas que o façam com cautela e que mantenham elevadas expectativas em relação a todos os alunos.
Segundo Atkinson,1993; McClelland,1985 "certas experiências de socialização precoce são fundamentais para o desenvolvimento da motivação para a realização".
Segundo outros autores como Winterbottom, 1958; Rosen e d`Andrade, 1959, citados por McClelland,1985; Crandall et al.,1965, citados por Fontaine,1990b) é importante ainda o "treino precoce para a realização e o treino precoce para a interdependência”. É importante criar/treinar e ainda incentivar a motivação no sentido de encaminhar para o sucesso como sendo algo de bom, na vida das crianças ou dos adolescentes.
De acordo com o "Efeito Pigmaleão" a influência das expectativas dos professores ou de outros adultos sobre o nível de realização dos alunos só terão um efeito positivo sobre os alunos, se forem percepcionadas pelos alunos como plausíveis, por exemplo quando os esforços se saldam por sucessos, ou se os professores conseguem convencer os jovens do realismo das suas expectativas Baumeister (1985). Se os alunos pensam que não serão capazes de responder a tais expectativas, os resultados serão mais negativos do que aqueles que teriam na ausência de expectativa.
Na realidade as "Expectativas do professor", "Representações do professor", "Efeito Pigmalião", são termos associados com a hipótese de que a percepção que os professores têm dos alunos não lhes é dada do exterior de forma objectiva, mas que, pelo contrário, eles constroem a sua própria realidade a partir de diferentes formas de conhecimento.
A este propósito também Abric, (1970) referia que um dos resultados experimentais mais consistentes atestam que a conduta de um sujeito A em relação a um sujeito B depende fundamentalmente da representação que ele tem de B, independentemente dos comportamentos deste último. Uma tal conclusão sugere que, por vezes, as expectativas dos professores são inadequadas, podendo ter efeitos adversos no comportamento dos alunos.

Teorias da Motivação

Fontes de Motivação

(Adaptado de) Balancho, M. J.; Coelho, F. M., (2004) Motivar os Alunos, Lisboa:Texto Editores. Disponível em : http://www.educacao.te.pt/professores/index.jsp?p=167&idDossier=45&idDossierCapitulo=181&idDossierPagina=398. Acedido e consultado em Março de 2011.
Internas
O instinto
Depende de complexos factores ambientais e internos. Por instinto, o indivíduo reage impulsivamente, sem dirigir racionalmente as suas acções, a fim de conseguir qualquer coisa que lhe dê prazer.
Os hábitos
São consequência de aprendizagens de costumes sociais e educacionais e condicionam inconscientemente a forma de actuar.
As atitudes mentais
Certos tipos de motivação tornam-se intimamente associados à afirmação do eu. A criança, por exemplo, gosta de realizar tarefas difíceis, para que o seu bom desempenho constitua uma prova de afirmação e de auto-estima.
Os ideais
Existem pessoas que estabelecem um padrão, como objectivo a atingir. Essa aspiração, por si só, pode motivar o indivíduo a dar o máximo de si mesmo.
Neste caso específico, o fracasso, quando acontece, faz descer o seu nível de aspiração, enquanto o êxito o eleva consideravelmente.
O prazer
É um reflexo automático, fora do controlo consciente, que procura situações agradáveis. O indivíduo, ao avaliar um objecto ou uma situação, desencadeia um processo emotivo, do qual resulta o desejo de executar uma acção. A avaliação emocional motiva-o para a acção.
Externas
A personalidade do professor
Influencia consideravelmente as aprendizagens dos alunos. Quando estabelece relações de empatia e de afectividade, favorece o prazer de aprender e facilita a aquisição de conhecimentos.
A influência do meio
O aluno depende quase totalmente do ambiente familiar e do meio social em que vive. Deles depende, por conseguinte, a formação do seu carácter e o desenvolvimento de gostos e de aptidões.
A influência do momento
A instabilidade emocional do aluno leva-o a revelar, consoante os momentos, atitudes diferentes perante o trabalho a realizar. Cabe ao professor descobrir os motivos que condicionam tais atitudes e ajudar o aluno a encontrar o equilíbrio.
O objecto em si
Quando um objecto é mostrado ao aluno, pode despertar-lhe emoções estéticas ou constituir, para ele, uma novidade. Perante qualquer destes sentimentos, o aluno sente-se motivado pelo objecto em si.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Estratégias de Coping

A Perspectiva Temporal Futura na escola portuguesa actual

Conceito de si próprio e estima de si próprio

“Success will require the highest strivings and the most down-to earth expectations. Only if we maintain a healthy respect for the lessons of experience can real hope truly triumph.”
Robert Evans (2001) The Human side of school change,

Teoria Relacional de Nuttin

A concepção de motivação de Nuttin recusa que o comportamento seja o resultado da tensão provocada pela necessidade, afirmando que existem inúmeras variáveis cognitivas e do meio social que intervêm neste processo. Assim, a sua teoria chama-se cognitiva porque destaca nos comportamentos motivados a influência dos processos cognitivos do sujeito - perceber, interpretar, seleccionar, usar informação… Por outro lado, é relacional, pois pressupõe a relação do comportamento motivado com o meio social.
Nuttin adianta que o comportamento não surge devido a uma carência ou desequilíbrio homeostático, mas devido à persistência da tensão que leva o indivíduo ao desenvolvimento e ao progresso. Este constrói, desta forma, o seu plano de acção e delineia projectos para o futuro, existindo a possibilidade de escolha entre alternativas.
As necessidades, os motivos e as finalidades da acção são vistas, por Nuttin, como personalizadas, pois existem em função de cada pessoa, das suas mentalizações e dos seus projectos de vida.

Teoria das Necessidades de Maslow



A teoria de Maslow é conhecida como uma das mais importantes teorias de motivação. Para ele, as necessidades dos seres humanos obedecem a uma hierarquia, ou seja, uma escala de valores a serem transpostos. Isto significa que no momento em que o indivíduo realiza uma necessidade, surge outra em seu lugar, exigindo sempre que as pessoas busquem meios para satisfazê-la. Poucas ou nenhuma pessoa procurará reconhecimento pessoal e status se suas necessidades básicas estiverem insatisfeitas, ou seja, o consumidor buscará com maior prioridade produtos e serviços seguindo determinada ordem( de baixo para cima na pirâmide). Primeiro suas necessidades fisiológicas/ básicas devem ser saciada para que haja continuidade na ascendência de realizações na compra/ utilização/ vivencia da satisfação das necessidades.